Riscos ergonômicos mais comuns nas empresas

Tiago Maciel
Tiago Maciel
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Tempo de leitura de 5 minutos

Neste artigo, veremos o que é o risco ergonômico, quais são os principais e, principalmente, como preveni-los. Assim, os colaboradores podem ter uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho. Sendo assim, começaremos pelo início, explicando o que é o risco ergonômico.

O que é risco ergonômico?

É considerado risco ergonômico aquele que pode afetar a saúde do trabalhador, bem como gerar desconforto. Ele, geralmente, acontece devido à má postura, móveis inadequados, longas jornadas de trabalho e rotinas estressantes. 

Sendo assim, podem ser considerados riscos ergonômicos: mobília inadequada, longa jornada de trabalho e trabalho repetitivo, por exemplo. Estes riscos resultam em doenças, como síndrome de Burnout, LER, problemas de coluna, alterações do sono, dores musculares, taquicardia, asma e outras doenças.

O risco ergonômico pode ser muito prejudicial para o profissional, visto que algumas dessas doenças podem se tornar crônicas e até afastá-lo do trabalho. Por isso é tão importante prevenir o risco ergonômico. 

risco ergonômico

5 riscos ergonômicos que podem ocorrer

A seguir, veremos alguns dos principais riscos ergonômicos que podem ser encontrados nas empresas. 

1. Má postura

A má postura pode ocasionar diversas doenças, como problemas na coluna, LER, dores e lesões. Se a má postura estiver relacionada com o trabalho repetitivo, os problemas de saúde tendem a ficar piores. 

Por exemplo, quem trabalha em escritório pode sofrer com uma cadeira ou mesa que não é ergonômica. Por consequência, essa situação causa dores na coluna, LER no pulso, dores nos ombros e pescoço. 

Já quem trabalha tendo que levantar ou carregar peso durante o dia, precisa cuidar da coluna e realizar o seu trabalho com a postura correta. Caso contrário, surgirão problemas de saúde na coluna.

2. Trabalho repetitivo sem pausas

O trabalho repetitivo sem pausas é uma das principais causas para a LER. A LER ou DORT é a inflamação dos nervos, que leva a dor frequente nas regiões que estão sofrendo pelo esforço repetitivo. 

Com o tempo, essas lesões podem piorar fazendo com que ocorra um processo degenerativo nos nervos e vasos sanguíneos da região. Junto disso, há o inchaço, cistos, perda da força e dor.

risco ergonômico

3. Ritmo excessivo

Um ritmo excessivo de trabalho normalmente acontece quando o profissional tem uma demanda muito grande de tarefas e com prazos curtos para entregá-las. Dessa forma, seu psicológico começa a ser afetado pelo estresse e pressão para entregar tudo em dia. 

Uma das doenças que deriva dessa situação é a síndrome de Burnout. Seus sintomas incluem esgotamento mental e físico, cansaço extremo e estresse. A pessoa passa a não conseguir mais se concentrar e sua produtividade cai. Se não diagnosticada a síndrome e tratada, ela pode desencadear depressão profunda. 

Além da síndrome de Burnout, a ansiedade e o ataque de pânico também podem surgir de um ritmo excessivo de trabalho. Por isso, é importante perceber os sintomas e procurar um psicólogo ou psiquiatra para ter o diagnóstico.

4. Longa jornada de trabalho

A longa jornada de trabalho é outra causa de doenças psicológicas, como o Burnout. Ela se dá quando o profissional tem que cumprir mais do que as 8 horas diárias. Há funcionários que cumprem de 10 a 12 horas diárias, que são compostas pelas horas normais mais as horas extras. 

Os jornalistas e os profissionais da publicidade e marketing enfrentam com mais frequência esse risco ergonômico. Porém, que pratica home office, por exemplo, se não manter uma rotina diária de trabalho, pode ultrapassar o limite e praticar longas jornadas de trabalho.

Isso ocasiona cansaço físico e mental, estresse, ansiedade e a síndrome de Burnout. Quando a situação fica insustentável, o profissional precisa se afastar por alguns meses para tratar da sua saúde mental.

5. Monotonia nas atividades

Atividades monótonas também acabam por ser um risco ergonômico. Isso porque o profissional pode desenvolver ansiedade e depressão com o passar do tempo. 

Essas atividades são caracterizadas por análises documentais e outras, e exigem muita atenção a detalhes. No final do dia de trabalho não há mudanças significativas. Dessa forma, o colaborador vai aos poucos perdendo o interesse na atividade, o que compromete sua saúde psicológica.

O que pode ser feito para prevenir o risco ergonômico?

Agora que sabemos quais são os principais riscos ergonômicos, é importante vermos o que é possível fazer para preveni-los. Dessa forma, evitamos desenvolver doenças que prejudicam nosso potencial no trabalho e nossa qualidade de vida.

Por parte do profissional, ele pode, primeiramente, dar atenção à sua postura no trabalho. Se a cadeira ou a mesa não possibilitam que sua coluna fique reta e suas pernas confortáveis, invista em móveis melhores.

Outro ponto são as jornadas de trabalho. A produtividade não está ligada a longas jornadas ou à enorme demanda de tarefas. Para ser produtivo é preciso estar com o sono em dia, bem alimentado, ter uma carga horária que não extrapole o bem-estar mental e físico e estar feliz o trabalho que se tem.

Por isso, evite longas jornadas de trabalho e tarefas em excesso. Além disso, se dê pausas curtas ao longo do dia para se distrair e relaxar, principalmente se realiza trabalho repetitivo.

Aliás, para este último caso, é importante praticar o alongamento e ginástica laboral. Dessa forma, os músculos e nervos relaxam e não sofrem tanto com o movimento repetitivo do dia a dia.

A empresa pode fazer sua parte ao oferecer aos colaboradores a ginástica laboral. Além disso, é importante que ela realize uma Análise Ergonômica no Trabalho (AET) que consiste em analisar os riscos ergonômicos e propor soluções para reduzir ou extinguir o risco ergonômico. Aliás, a AET é exigida pela NR 17, para prevenir os riscos ergonômicos.

Como pudemos ver, os riscos ergonômicos podem prejudicar em diferentes níveis a saúde do profissional. Por isso, é importante preveni-los. Isso pode ser feito ao manter uma jornada de trabalho equilibrada e fazer a Análise Ergonômica de Trabalho, além de outras formas de prevenção.

Faça nosso curso de NR 17 e entenda melhor sobre essa Norma, bem como sobre riscos ergonômicos e como preveni-los.

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