Sinais claros de que sua empresa precisa rever a cultura de segurança

Tiago Maciel
Tiago Maciel
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Sinais claros de que sua empresa precisa rever a cultura de segurança

Sinais de que sua empresa precisa rever a cultura de segurança aparecem diariamente, mesmo que muitas vezes sejam ignorados. Em um primeiro olhar, eles podem parecer pequenos detalhes, mas, na prática, refletem falhas profundas. Portanto, é fundamental observá-los com atenção.

Quando esses sinais não recebem a devida importância, os impactos negativos se acumulam. Assim, a empresa passa a conviver com acidentes, afastamentos, multas e perda de produtividade. Logo, a revisão da cultura de segurança se torna urgente, não apenas para cumprir normas, mas também para garantir sustentabilidade, confiança e desempenho.

O custo invisível de uma cultura frágil

Em primeiro lugar, é preciso compreender que manter uma cultura de segurança deficiente gera custos ocultos. Cada acidente de trabalho resulta em indenizações, processos judiciais, elevação do FAP e atrasos operacionais. Além disso, cria desmotivação entre os colaboradores, que deixam de confiar na empresa.

Consequentemente, o clima organizacional se deteriora. Assim, a equipe perde engajamento, a produtividade cai e os talentos começam a buscar novas oportunidades. Ou seja, a falta de investimento em segurança compromete não apenas a saúde financeira, mas também a reputação da organização.

A visão tradicional: regras no papel

Durante muito tempo, gestores acreditaram que bastava cumprir a legislação para evitar problemas. Dessa forma, limitavam-se a elaborar documentos e realizar treinamentos pontuais apenas para atender auditorias. No entanto, quando a segurança se restringe ao papel, ela não se traduz em comportamento.

Na prática, colaboradores percebem a falta de engajamento da liderança. Como resultado, tendem a adotar condutas de risco, acreditando que a prevenção não é prioridade. Portanto, mesmo com registros formais em dia, a empresa continua vulnerável.

A visão estratégica: cultura viva e aplicada

Por outro lado, organizações que compreendem a segurança como valor estratégico tratam o tema de forma diferente. Em vez de encará-la como burocracia, transformam a prevenção em hábito diário. Além disso, integram os treinamentos e reciclagens às metas de produtividade.

Assim, gestores dão o exemplo, líderes acompanham de perto e colaboradores participam ativamente. Com isso, a cultura deixa de ser apenas discurso e passa a ser prática constante. Logo, os índices de acidentes caem, os afastamentos diminuem e a performance melhora.

Sinais claros de que sua empresa precisa rever a cultura de segurança

Existem sinais que não podem ser ignorados e que demonstram claramente quando a cultura precisa de revisão. Entre eles:

  1. Afastamentos frequentes por acidentes ou doenças ocupacionais.
  2. Colaboradores que não conhecem normas básicas de segurança.
  3. Treinamentos e reciclagens obrigatórias vencidas.
  4. Pressão por resultados que ignora medidas preventivas.
  5. Ambientes mal sinalizados e desorganizados.
  6. Uso incorreto ou inexistente de EPIs.
  7. Rotatividade elevada por insegurança e desmotivação.
  8. Falta de investigação adequada após incidentes.
  9. Execução de tarefas críticas com improvisos constantes.
  10. Colaboradores inseguros para relatar falhas e riscos.

Portanto, cada um desses pontos deve ser tratado como alerta. Quanto mais sinais aparecem, maior a urgência de repensar a cultura de segurança.

Exemplos práticos com base nas NRs

NR-35 – Trabalhos em altura

Se trabalhadores realizam atividades em altura sem treinamento atualizado ou sem cinto de segurança, isso evidencia não apenas falha técnica, mas também fraqueza cultural.

NR-10 – Segurança em instalações elétricas

Quando gambiarras e improvisos elétricos se tornam comuns, a mensagem transmitida é de que a pressa é mais importante que a prevenção. Logo, a empresa corre risco de incêndios e de prejuízos milionários.

NR-17 – Ergonomia

Queixas constantes de dores, afastamentos por LER e estações mal ajustadas revelam descuido na aplicação da norma e indicam falta de comprometimento organizacional.

NR-33 – Espaços confinados

Se equipes não sabem agir em emergências ou não dominam o plano de resgate, não adianta ter manuais no papel. O problema é cultural e precisa ser corrigido.

NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual

Funcionários que deixam de usar EPIs ou não entendem sua importância demonstram que a empresa falhou em criar consciência coletiva sobre prevenção.

ROI de uma cultura de segurança fortalecida

Segundo a OIT, cada real investido em segurança pode retornar até quatro reais em economia e produtividade. Além disso, dados do Ministério da Economia mostram que acidentes de trabalho custam mais de R$ 80 bilhões por ano ao Brasil.

Portanto, a matemática é clara: investir em segurança reduz custos e aumenta resultados. Organizações que priorizam cultura de segurança chegam a registrar 70% menos acidentes, 25% mais engajamento e menor rotatividade. Assim, a revisão cultural se mostra financeiramente vantajosa.

Cultura como diferencial competitivo

Empresas com cultura de segurança consolidada destacam-se no mercado. Além de proteger vidas, fortalecem sua reputação, atraem talentos e conquistam clientes. Dessa forma, a segurança deixa de ser vista como barreira e se torna valor agregado.

Consequentemente, o posicionamento competitivo melhora. Parceiros comerciais enxergam credibilidade, enquanto fornecedores valorizam a estabilidade da empresa.

O papel do RH e da liderança

O RH é peça-chave na transformação cultural. Ao investir em treinamentos contínuos, acompanhar reciclagens e reforçar boas práticas, cria consistência no ambiente de trabalho.

No entanto, não basta apenas ao RH atuar: a liderança deve dar exemplo. Quando gestores praticam aquilo que pregam, colaboradores seguem o mesmo caminho. Portanto, rever a cultura é responsabilidade de toda a estrutura organizacional.

Conclusão

Sinais de que sua empresa precisa rever a cultura de segurança não podem ser ignorados. Eles são indicativos de riscos, custos ocultos e fragilidade operacional. Assim, revisar a cultura não é apenas obrigação, mas investimento estratégico.

Se você reconhece algum desses sinais em sua empresa, é hora de agir. Revise práticas, atualize treinamentos e transforme a prevenção em valor essencial.

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